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Triunvirato mantido No entorno do senador Jaques Wagner (PT) tem muita gente se gabando que os partidos que integram hoje o arco de alianças do governador Rui Costa (PT) serão mantidos na próxima eleição. A aposta está relacionada ao triunvirato formado pelo PT, PSD e o PP. Isso, segundo argumentos usados por alguns governistas, devido ao fato de que todos os partidos ligados ao grupo cresceram e aumentaram suas  musculaturas no estado. Segundo avaliação dos petistas, um cenário muito diferente do que se vê no entorno do ex-prefeito de Salvador e pré-candidato pelo DEM ao governo, ACM Neto, que na visão deles, desceu ladeira abaixo e minguou.  Estilos diferentesO sentimento na ala do PT é que o modus operandi, aliado ao estilo dos principais pré-candidatos, pesa muito. Até mesmo a relação com o empresariado é colocada na conta para comparar os estilos e demonstrar a mudança de formato entre os governos do DEM e do PT. “O estilo centralizador e autoritário do ex-prefeito pesa muito”, dizia ontem um petista de alto coturno. Leão não rói a corda Sete entre cada dez políticos ouvidos pela coluna Vixe dão como certo que o Partido Progressista, presidido na Bahia pelo vice-governador João Leão, ficará no projeto encabeçado pelo PT em 2022. Apesar do possível entendimento entre os caciques nacionais da sigla, Ciro Nogueira e Arthur Lira, para apoiar a chapa do ex-prefeito ACM Neto, ao governo do estado, ninguém ousa apostar no rompimento entre Leão e Rui.  O PP fica?Uma reunião recente no Palácio de Ondina serviu para aparar as arestas entre petistas e progressistas e fortalecer o nome de Wagner ao governo do Estado. Estavam presentes, além do senador e o anfitrião Rui Costa, Leão, o filho Cacá, além do secretário-geral do partido, Jabes Ribeiro, o deputado federal Ronaldo Carletto, e o secretário e ex-presidente da Assembleia, Nelson Leal. Quem participou do encontro disse que o papo foi alvissareiro e que o PP fica. 

Carletto na viceA tese considerada mais propensa a engrenar coloca Wagner como candidato ao governo, Otto Alencar, presidente do PSD, como candidato à reeleição ao Senado, e Ronaldo Carletto como o nome do PP na vice. O vice-governador João Leão poderia sair para deputado estadual, com a garantia de que assumiria o comando da Assembleia Legislativa, um Poder importante do estado, que detém um orçamento de quase R$800 milhões por ano. Já Carletto, possui gordura pra queimar e estrutura pra usar na campanha. 

Rui renuncia o mandato em 2022? Outra tese levantada no encontro, apresentada pelos caciques do PP, colocaria Wagner como candidato ao governo, Rui Costa no Senado e Otto ou outro nome do PSD na vice. Para isso, o atual governador teria que renunciar ao mandato no próximo ano, deixando o vice João Leão como governador interino por nove meses. Essa tese é vista de forma atravessada por muitos petistas, que não confiam nas artimanhas de Leão. Wagner, no entanto, não disse nem que sim nem que não no encontro. 

A esquina de ACM NetoO ex-prefeito ACM Neto (DEM) está numa verdadeira esquina política na conjuntura atual. Todos os indícios levam que ele, como presidente nacional do DEM, vá trabalhar para apoiar a candidatura de Ciro Gomes (PDT) à Presidência da República. No entanto, caso vire o ano e Ciro não consiga deslanchar, se tornando um candidato competitivo, o democrata poderá ser obrigado a fazer um movimento mais à direita, apoiando, mesmo que por debaixo no pano, a candidatura à reeleição do atual presidente Jair Bolsonaro, já que a política, muitas vezes, é movida pelo cheiro do poder.  Um pé la e outro cáCaso esse cenário se confirme, entraria a tese já aventada aqui pela coluna Vixe, na semana passada, de que Neto pode apoiar Ciro no primeiro turno e montar uma chapa com um nome ao Senado que tenha a liberdade de dar palanque para Bolsonaro no primeiro turno e, assim, abrir espaço para uma composição no segundo turno. O principal nome para viabilizar essa estratégia seria do atual ministro da Cidadania, João Roma, que rompeu com o ex-aliado após ingressar no governo bolsonarista. Neto sabe que a aproximação com Bolsonaro no primeiro turno lhe traz mais malefícios que benefícios na Bahia. A conferir.  

Fonte:MUITA INFORMAÇÃO
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