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Elon Musk fecha parceria com governo brasileiro para rede de satélites na Amazônia
Foto: Reprodução / Ministério das Comunicações

O governo brasileiro e a SpaceX, do empresário Elon Musk, fecharam um acordo para oferecer internet em áreas remotas do Brasil usando a tecnologia de satélites de baixa altitude, segundo o Ministério das Comunicações.
 

A pasta diz que programa deve começar a ser implantado em 2022. A parceria para satélites de baixa órbita não depende de licitação, e pode ser fechada por meio de um processo administrativo via Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). A SpaceX pediu licença para a autarquia e aguarda a liberação.
 

A tecnologia será incorporada ao programa Wi-Fi Brasil, e a ideia é que o acesso seja levado a escolas em zonas rurais e à Amazônia. Os satélites podem ajudar a monitorar o desmatamento da floresta.
 

"O nosso objetivo é levar internet para área rurais e lugares remotos, além de ajudar no controle de incêndios e desmatamentos ilegais na floresta amazônica", disse o ministro Fábio Faria, que se reuniu com Musk em Austin, no Texas, na tarde desta segunda-feira (15). A parceria foi confirmada nesta terça (16).
 

"Com melhor conectividade, podemos ajudar a garantir a preservação da Amazônia e evitar que haja desmatamento ilegal", comentou Musk, em um vídeo divulgado nas redes sociais de Faria. Os dois conversaram por algumas semanas antes de fechar o acordo.
 

A SpaceX, que também tem investido no turismo espacial, tem cerca de 4.500 satélites que orbitam em baixa altitude. A categoria inclui equipamentos que ficam em órbita a até 2.000 km de altitude. Como comparação, aviões comerciais voam a cerca de 10 km acima do solo.
 

Disputando mercado com outras gigantes como a Amazon, Musk deve investir US$ 30 bilhões (R$ 162,5 bilhões) no projeto chamado Starlink, que já colocou em órbita mais de 1.500 satélites para fornecer internet a quase 70 mil usuários.
 

Em julho, a SpaceX firmou parceria com o Chile, onde vai habilitar internet a duas cidades. Para fazer a conexão, a empresa entregou kits de recepção de sinal de satélite, que permitirão serviços gratuitos de acesso por um ano. Depois, o custo deve ser absorvido pelos municípios. A empresa se comprometeu a oferecer um potencial de velocidade de download que varia de 50 Mb/s a 150 Mb/s.
 

Na semana passada, em Glasgow, Faria também se reuniu com a britânica OneWeb, que atua no mesmo setor, possui 350 satélites de baixa órbita e pretende dobrar a operação no próximo ano. Assim como a SpaceX, a empresa já pediu licença para a Anatel para operar no país.
 

Em 5 de novembro, o governo brasileiro realizou o leilão do 5G, que movimentou R$ 47,2 bilhões e gerou obrigações para as operadoras vencedoras dos lotes nos próximos 20 anos.
 

Claro, Vivo e Tim, que arremataram lotes nacionais, terão de implementar projetos de conectividade em escolas públicas. Tim, Algar Telecom e Fly Link levaram lotes regionais que possuem a mesma exigência.

Fonte:Folhapress
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